A rápida expansão econômica de países em desenvolvimento nos últimos anos aumentou os níveis de renda da população e favoreceu o cenário do mercado imobiliário. Como resultado, o tamanho global do setor deve atingir a marca de US$ 5,85 trilhões até 2030, com um CAGR (Compound Annual Growth Rate – Taxa de Crescimento Anual) de 5,2% entre 2022 e 2030. Os dados são do relatório da Research and Markets.
Devido ao crescente número de empresas no mercado imobiliário em países em desenvolvimento, cada vez mais imóveis estão sendo comercializados e alugados, para uso residencial ou comercial. Esses fatores refletem o aumento da urbanização em diversas regiões. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente 50% da população mundial vive em áreas urbanas, e essa porcentagem pode chegar a 65% em alguns anos.
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O segmento de imóveis residenciais, por exemplo, deve atingir US$ 2,21 trilhões até 2030. Os millennials são os que mais impulsionam esse mercado com a compra de imóveis, enquanto a Geração Z gasta mais com aluguel.
O Oriente Médio é um exemplo de região que deve testemunhar um crescimento substancial durante o período considerado. O boom é atribuído principalmente ao maior gasto do consumidor com investimentos na região. Além disso, o aumento do número de viajantes para países como Índia, Filipinas, Vietnã e Austrália estimula a procura de imóveis secundários nesses locais, favorecendo o desenvolvimento imobiliário.
No Brasil, um dos responsáveis pelo crescimento do setor de imóveis é o mercado de alto padrão e de luxo. Segundo dados do Sindicato das Empresas de Compra e Venda de Imóveis de São Paulo (Secovi-SP), a projeção para 2023 é um aumento de 20% nas vendas de empreendimentos de alto padrão. A mudança de comportamento após a pandemia é o principal agente dessa transformação: com a perspectiva do trabalho remoto e o foco no bem-estar, a procura por residenciais que ofereçam infraestrutura mais completa está em alta.